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Apesar da pandemia

Em 2020 foram rececionadas um total de 91 442 toneladas de resíduos, menos 776 toneladas (-0,84%) do que em 2019.

Destas 92% são resíduos urbanos e o restante resíduos não urbanos incluindo os resíduos de construção e demolição (6,8% do total).

Verificaram-se aumentos nas entradas dos seguintes resíduos:

• Volumosos (monstros não ferrosos), mais 1 930 toneladas (+50,8%),
• Papel/cartão, mais 101 toneladas (+3,2%),
• Embalagens de plástico e metal, mais 154 toneladas (+10,3%),
• Embalagens de vidro, mais 242 toneladas (+12,3%) e
• Pneus, mais 69 toneladas (+11,1%).

O aumento verificado nos monstros não ferrosos pode ser explicado quer pelo aumento das limpezas nas habitações (em resultado do confinamento), quer pelo reforço do controlo da qualidade dos resíduos verdes com vista à sua valorização na Unidade de Compostagem de Verdes, tendo nesse processo sido identificadas cargas não conformes, e como tal classificados como monstros não ferrosos. Verificando-se, por isso, um decréscimo no total de resíduos urbanos valorizáveis em 10,73% (-1.107 ton).

Em sentido inverso, verificou-se uma redução na entrada dos seguintes resíduos:

• Resíduos verdes, menos 1 567 toneladas (-47,6%), pelo motivo atrás exposto,
• Resíduos de construção e demolição, menos 551 toneladas (-8,2%),
• Embalagens de madeira, menos 177 toneladas (-57,6%) e
• Resíduos urbanos indiferenciados, menos 273 toneladas (-0,4%).

Apesar de em 2020 se ter verificado uma redução na entrada de resíduos urbanos indiferenciadas, esta deve-se ao decréscimo de 45% (- 697 ton.) de resíduos urbanos indiferenciados provenientes de particulares.

Em sentido inverso e relativamente aos resíduos urbanos indiferenciados recolhidos pelos Municípios, verificou-se um ligeiro aumento de 0,6% (+424 ton.), representado uma capitação média dos Municípios que integram a Gesamb, de 469 kg/hab. 

Em relação à recolha seletiva, verificou-se em 2020 um aumento das quantidades de papel, plástico e vidro (à semelhança dos últimos 4 anos) recolhidas seletivamente. Em 2020, e comparativamente com 2019, verificou-se um aumento em todas as frações, mais 842 ton. no total, ou seja, +7,56%.
Este aumento é explicado pelo aumento das quantidades recolhidas nos ecopontos, mais 12,6% e recolhidas pelos municípios, mais 32%, que com a implementação de novos circuitos de recolha dedicada, junto de pequenos produtores, alcançaram resultados significativos mesmo no contexto vivido em 2020 e que explicou a evolução em sentido inverso das empresas diretas dos particulares.

Em 2020 obtivemos uma capitação na recolha seletiva de 48,96 kg/hab.

Ainda em relação à recolha seletiva, em 2020 foi verificado um aumento das quantidades e correspondente capitação em todos os municípios, com exceção de Évora e Vila Viçosa, onde se verificou uma diminuição (recolhas dedicadas) de 3,7% e 20,7%, respetivamente. Os Municípios de Vendas Novas, Mora e Alandroal foram os que registaram maiores aumentos de: 38,7%, 37,5% e 33,1% respetivamente, e comparativamente com o ano de 2019. Estes valores são o claro reflexo do esforço que têm vindo a ser realizado pelos municípios nas recolhas dedicadas.

Em relação às retomas, com origem na recolha seletiva, durante o ano de 2020 foram recolhidas, processadas e enviadas para reciclagem 7 534 ton., mais 925 ton que em 2019.

Salienta-se o aumento verificado nas frações papel/cartão (+392 ton), vidro (+291 ton) e plásticos embalagem (+27 ton) fruto do aumento das quantidades recolhidas seletivamente.

Verifica-se, no entanto, que a taxa de refugo resultante do processamento de embalagens de plástico/metal tem vindo a aumentar, essencialmente pela deposição de materiais que não embalagens, representando em 2020 cerca de 32% do material processado, o que tem um impacto significativo nas linhas de triagem e nas quantidades que se conseguem enviar para reciclagem.

Em relação às quantidades de recicláveis recuperados dos resíduos indiferenciados, verifica-se um decréscimo de cerca de menos 338,27 toneladas relativamente ao ano anterior. Esta diminuição deve-se essencialmente às paragens da operação na Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico devido à pandemia Covid -19 e que implicaram o envio de resíduos indiferenciados diretamente para aterro.

Também como resultado destas paragens se registou uma diminuição das quantidades vendidas de composto, menos 380,64 ton., comparativamente com 2019.

Ainda assim e comparativamente com o ano anterior verifica-se, em 2020, um decréscimo de 5,5% das quantidades depositadas em aterro, depositámos cerca de 51 863 ton. (-2 997 ton.).

Na área de intervenção da Gesamb existem atualmente 860 ecopontos, que origina um rácio de 168 habitantes/ecoponto.

O PERSU 2020 define metas exigentes para a Gesamb, acima das definidas a nivel nacional, Deposição Máxima de RUB em Aterro (10%), Preparação para Reutilização (80%) e Reciclagem (48kg/hab) e que em 2020 não foi possível cumprir.

As metas de Deposição Máxima de RUB em Aterro e de Preparação para Reutilização e Reciclagem devem o seu incumprimento às paragens Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico, que obrigaram ao encaminhamento dos resíduos indiferenciados diretamente para aterro.

Quanto à meta de Retoma da Recolha Seletiva atingimos 95% da meta definida para 2020, ficando a menos de 2,46 Kg/hab.ano, o que representa 355 ton.

Quanto às metas de reciclagem de embalagens (Despacho n.º 7111/2015 e Despacho 4707/2018) e considerando o contributo das retomas de resíduos de embalagens provenientes da recolha indiferenciada, verifica-se que apenas não foi atingida a meta relativa à fração Plástico (-717 ton.) tendo sido todas as outras e no total largamente ultrapassadas.

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